O Bahia apresentou no início da tarde desta terça-feira (27), em Salvador, o projeto “Talentos de Aço”, que será o novo modelo de escolinhas de futebol do clube. A ideia do Tricolor é espalhar pontos na Bahia e no Brasil com o objetivo de formar jovens atletas para a divisão de base. O vice-presidente do clube, Vitor Ferraz, falou da importância da iniciativa.
“No início desse ano, nós lançamos a Rede Nordeste de Jovens Atletas, que tinha como uma das vertentes a criação de polos e ampliação da participação do Bahia em relação ao contato direto com a população, com o público interessado na prática esportiva e para os garotos que almejam se tornar atletas profissionais. Então, a apresentação desse projeto de escolinhas, o Talento de Aço, vai possibilitar justamente uma maior permeabilidade na nossa divisão de base, pelo nosso estado e pelo Brasil de uma maneira em geral, possibilitando que a gente tenha um contato grande com uma quantidade imensa de garotos, identificando potenciais atletas para as nossas divisões de base. É um passo importante, um trabalho muito cuidadoso, criterioso, um trabalho de unificação de metodologia que, com certeza, vai trazer muitos frutos interessantes para o clube”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.
A “Talentos de Aço” vai ficar interligada à Rede Nordeste de Jovens Atletas, projeto para as categorias mais jovens do Esquadrão. Para tocar o novo projeto, o clube vai contar com a assessoria da empresa Fity, que serve consultoria para escolinhas. O coordenador das divisão da base, Marcelo Vilhena, explicou o objetivo do clube com o projeto.
“Temos vários objetivos com essa rede de escolas. Uma delas é a questão da ampliação do número de torcedores, da identidade com o clube. A gente tem soteropolitanos, baianos no país todo. Então, a possibilidade de você ter e poder participar de uma escola na sua região imagino que seja fantástico para um garoto que está fora do seu estado. Mas, em relação à base, o principal é a questão da metodologia de captação. Apesar da escola atender garotos de vários níveis, de desenvolvimento motor e de aspecto técnico e cognitivo, a gente também tem interesse de encontrar em vários locais do país, garotos que tem potencial a se tornarem atletas do Bahia quando tiverem a idade adequada. As escolas vão atender uma faixa etária menor e a gente acaba fazendo o monitoramento, criando uma identidade, uma cultura e assim que ele tenha condição e idade permitida para se fazer parte do grupo, ele possa entrar para as nossas equipes. Tudo isso contendo uma metodologia por trás muito bem embasada, construída em parceria com a Fity, que é uma empresa de grande nome, a gente entende que vamos crescer muito em relação às escolas, queremos massificá-las aqui no Nordeste, mas com esse apoio vamos abranger todo o território nacional”, disse.
Segundo Vilhena, o clube projeta ter em torno de 20 escolinhas até o meio de 2019. Ele ainda comentou a parceria com a Fity.
“Quando eu cheguei a gente começou a conversar sobre a questão das escolas e nós tínhamos dois processos. Ou a gente assumia tudo enquanto Bahia e criar um departamento para tomar conta e começar esse projeto, mas entendíamos que ia demandar muito tempo e tínhamos outras prioridades. A outra questão era procurar no mercado empresas que já fossem conceituadas e consolidadas que pudessem nos ajudar a acelerar esse processo. Já havia recebido algumas indicações do Luiz Rigolin, que é um dos sócios da empresa, por colegas de trabalho e também conhecia dos cursos da CBF, pois ele é instrutor sênior da categoria B. Então, nós chegamos a nos encontrar em alguns eventos. Surgiu então essa ideia de apresentar o projeto para ele e nós fomos construindo. Demoramos por volta de dois a três meses para poder consolidar a parceria, e eu acredito pela experiência do Luiz que vamos estar entre as seis maiores redes de escolas do país em nível de metodologia, em nível de produto. Talvez não em nível de quantitativo, mas não estamos preocupados com a quantidade e sim com a qualidade. Então, nossas expectativas é a gente esteja entre as seis maiores do país”, explicou.